A prática de mandar alguém, especialmente as crianças, engolirem o choro e se acalmarem pode ser um equívoco.
25.01.2016
Luciana Rizo, professora de psicologia cognitiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), diz que chorar faz bem à saúde e a expressão das emoções é algo importante.
Então aquela prática de mandar alguém, especialmente as crianças, engolirem o choro e se acalmarem pode ser um equívoco.
Isso porque o choro é resultado de fenômenos neurológicos e endocrinológicos e está relacionado ao instinto de defesa do homem.
Também é uma forma de comunicação e pode expressar dor, sofrimento, alegria ou até prazer.
Presentes nas situações mais marcantes de nossas vidas, as lágrimas que escorrem pelo rosto podem ser consequência de uma emoção espontânea ou o indício de alguma doença e desequilíbrio psíquico, como a depressão.
Para muitas pessoas, derramar algumas lágrimas também funciona como uma válvula de escape. O sentimento de melhora após uma manifestação de choro acontece porque liberar as emoções traz um certo alívio da tensão.
Isso acontece porque, ao chorar, você libera adrenalina e noradrenalina, conjunção responsável por gerar no organismo o que conhecemos como um misto de alívio e tranquilidade.
Quando você é reprimido e forçado a engolir o choro, por outro lado, reprime as emoções. Em alguns pacientes asmáticos, por exemplo, a repressão do choro pode desencadear crises da doença, como se a crise substituísse as lágrimas, segundo a psicóloga clínica
Rosemeire Zago.
Choro em excesso, independente da idade, deve acender o sinal de alerta e um especialista deve ser procurado. Pode ser o indício de algum transtorno ou mesmo de um quadro de depressão.
Choro é sinal de fraqueza?
“Infelizmente, para muitos em nossa sociedade, o choro é interpretado como um sinal de fraqueza. Ainda podemos encontrar mandos como ‘engole o choro’, ‘pare de chorar’, ‘chorar não é coisa de gente forte’. Esse fato é lamentável, pois ensinam a inibição
emocional, que pode trazer prejuízos aos futuros adultos.”, pondera Luciana.
Para os pais, o apelo é permitir que a criança se sinta livre para expressar suas emoções. Se elas parecerem demasiadas e de difícil compreensão, pode ser válido o acompanhamento como um psicólogo, capaz de ajudar na superação.
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